sexta-feira, 12 de novembro de 2010

G20 pede combate ao protecionismo e a desequilíbrios cambiais

Os líderes do G20 reunidos em Seul concordaram em melhorar a cooperação multilateral para reduzir os desequilíbrios na economia mundial, em um comunicado que reúne compromissos.

O "Plano de Ação de Seul" determina que as economias do G20 devem mover-se no sentido de um "sistema de taxas de câmbio mais determinado pelo mercado", e que os países devem "abster-se de desvalorizações competitivas de moedas".

"As economias avançadas, incluindo aquelas com moedas de reserva, permanecerão vigilantes à volatilidade excessiva e aos movimentos desordenados das taxas de câmbio. Estas ações ajudarão a reduzir o risco de excessiva volatilidade nos fluxos de capital que alguns países emergentes enfrentam".

Os líderes do G20 destacam ainda que apesar dos "sólidos resultados" no combate à crise financeira global, alguns "desequilíbrios estão alimentando a tentação de adotar unilateralmente soluções globais, levando a ações descoordenadas. No entanto, ações políticas descoordenadas levarão apenas a resultados piores para todos", diz o documento.

O G20, com apoio técnico do FMI, desenvolverá "guias de orientação" compostos por uma "variedade de indicadores" que ajudem a identificar desequilíbrios comerciais importantes que "requerem ações preventivas e corretivas".

Sobre a movimentação protecionista ficou acordado que "os países resistirão ao protecionismo sob todas as formas".

Reafirmando o compromisso de combater o aquecimento global, o G20 anunciou que "não poupará esforços para o êxito do encontro de Cancún (México) sobre as mudanças climáticas", em dezembro.

"Aprovamos o acordo alcançado no FSB (Comitê de Estabilidade Financeira, na sigla em inglês) sobre novas regras de capitais nos bancos e liquidez", afirma o comunicado. A reforma aprovada se concentra especialmente no aumento das exigências em termos de fundos própios, liquidez, endividamento e provisões, para permitir que os bancos de importância sistêmica resistam melhor a uma eventual nova grande crise.

O G20 também respaldou, como esperado, a reforma do FMI (Fundo Monetário Internacional) que concedeu a economias como China e Brasil maior peso de decisão no organismo.