sábado, 8 de maio de 2010

Camu-camu é o rei da vitamina C

Até parece jabuticaba, vermelha e pequenininha. A fruta, típica da Amazônia, pode ser encontrada na região da várzea, as matas que são invadidas pelos rios.

Como ele nasce na margem do rio feito mato, durante muitos anos ninguém dava muita importância para o camu-camu. Era comida para peixe. Até que cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia afirmam: nenhuma outra fruta do mundo tem uma concentração tão grande de vitamina C.

Apenas um camu-camu corresponde a três acerolas, mais de vinte laranjas ou trinta limões. Ao contrário das outras frutas, ele conserva todos os nutrientes mesmo em forma de polpa ou desidratado. Por isso, já está sendo desenvolvido o camu-camu em pó para que possa chegar a outros lugares do Brasil.

"Não estraga, a vitamina não se degrada e o tempo de vida é muito maior que a fruta congelada", explica Jaime Aguiar, pesquisador do INPA.

Alimentos a base de vitamina C ajudam a prevenir doenças porque aumentam o sistema imunológico; retardam o envelhecimento; e contribuem para a redução de doenças crônicas como a diabetes e a hipertensão. Se consumidos depois das refeições, melhoram a absorção de ferro de origem vegetal.

"A anemia por deficiência de ferro, lamentavelmente, ainda é problema de saúde pública", conta Lúcia Yuyama, chefe do laboratório de pesquisas em saúde do INPA.

O camu-camu já faz parte do cardápio diário dos moradores da região. Agora é esperar para essa pequena fruta ganhar o gosto do restante do Brasil.

A fruta amazônica que o Brasil não conhece já é exportada para países Europeus como Suíça e Itália em forma de polpa e compõem fórmulas de fortificantes naturais.