sábado, 29 de maio de 2010

Relatora da ONU elogia iniciativa do Governo no combate ao trabalho escravo no Maranhão

Em entrevista coletiva realizada, nesta sexta-feira (28), em Brasília, a relatora da ONU sobre Formas Contemporâneas de Escravidão, Gulnara Shahinian, apresentou dados preliminares a respeito do combate ao trabalho escravo no país.

Ela afirmou aos jornalistas que o governo brasileiro está implementando políticas exemplares de combate ao trabalho escravo e destacou a iniciativa do Governo do Maranhão.


A relatora da ONU assinalou ações realizadas pelos Centros de Referência em Direitos Humanos (CRDH), em parceria com a sociedade e instituições no enfrentamento de violações.

O relatório final deverá ser apresentado, em setembro, ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas em Genebra, na Suíça.

Segundo a relatora, o CRDH de Açailândia, que possui ênfase no combate ao trabalho escravo, é um programa abrangente e que pode servir de modelo para outros países. “Percebemos que há um compromisso em tratar o problema, um profissionalismo que merece ser exportado”, declarou.

Para o secretário de Direitos Humanos e Cidadania, Sergio Tamer, o Governo do Estado decidiu “arregaçar as mangas” e enfrentar o problema criando o Centro de Referência. "O Governo mostra preocupação com a questão social no Maranhão e que quer dar uma nova estrutura social no estado com o objetivo de fazer o desenvolvimento econômico andar passo a passo com o desenvolvimento social", ressaltou.

Segundo Sergio Tamer, a função do Centro vai além de prestar assistência social, jurídica e psicológica aos trabalhadores resgatados em situação análoga à escravidão, mas também tem o papel político de articular com as demais Secretarias por uma unificação no combate ao trabalho escravo.

"Nenhum órgão ou instituição pode ficar de fora dessa luta, os governos estadual e federal precisam também do esforço do poder municipal", disse Tamer. Em seu pronunciamento, a relatora endossou essa postura, "as ações devem ser integradas para fortalecer a rede de proteção aos direitos humanos".